Muitos gestores de tráfego possuem dúvidas sobre ser MEI (Microempreendedor Individual) e ME (Microempresa) e não sabem o que fazer. Afinal, muitos contadores ainda não entenderam que as profissões mudaram.
Muitas pessoas ganham a vida como afiliados, produtores digitais e Coprodutores, mas enfrentam dificuldades. Nesse cenário, a história de Lucas, um gestor de tráfego, que será contada neste texto, traz ensinamentos sobre essa situação.
Um empreendedor digital enfrenta inúmeras adversidades na hora de formalizar o seu negócio e pode sofrer sanções legais. Dessa forma, gestores de tráfego, afiliados, produtores e coprodutores digitais, vejam abaixo como evitar isso.
Gestores de tráfego, Afiliados, Produtores digitais e Coprodutores: Por que legalizar o negócio e ter um CNPJ?
Para entender a importância de legalizar um negócio e evitar problemas comuns, é importante ilustrar com uma história. Portanto, vou compartilhar com vocês a história de um cliente que tive há um tempo atrás e hoje tornou-se um amigo.
Lucas me foi apresentado por outro amigo, que, inclusive, também fazia parte do clube dos gestores de tráfego. Profissional competente e que ainda não tinha CNPJ, aliás essa era uma das dificuldades dele para encontrar trabalho.
Por estar no mercado digital e ser capaz de colocar qualquer site entre os primeiros resultados, Lucas sofria muito. Assim, o gestor de tráfego possuía um filho com 5 anos e tinha 31, quando nos conhecemos.
Me lembro bem dele se achando um “burro” por não saber como a legislação tributária acontecia. Entretanto, eu pensava que não era responsabilidade dele saber, já que os contadores existem justamente para entender esse assunto.
Essa situação me fez pensar em como um empreendedor digital passa por dificuldades para a regularização. Um bom exemplo são os youtubers e muitas vezes eles necessitam até de sonegar impostos, por não conseguir regularizar.
Em uma das minhas conversas com Lucas, lembre-se bem de avisá-lo sobre a importância de ter um CNPJ. Afinal, por meio dele seria possível emitir boletos, receber pagamentos e ter como confirmar a renda que possui.
Lucas era dos gestores de tráfego com maior capacidade que conheci, mas não conseguia fechar com vários clientes. Vou compartilhar com você alguns pontos da história e explicar como ele conseguiu virar esse jogo.
Por que para ser um empresário de verdade é necessário ter CNPJ?
Essa pergunta era feita por Lucas todas as noites antes de dormir, porque a honestidade de uma pessoa não tem preço. Colocar no travesseiro e se sentir uma pessoa que está fazendo algo errado, não é uma coisa agradável.
A ideia de ser um empresário de verdade está na cabeça da maioria dos empreendedores digitais. Imagine quanto a mais poderia lucrar os gestores de tráfego se tivesse formalizado o negócio e atuassem dessa forma?
Essa resposta você terá no fim da história, mas, antes dela, eu te faço um aviso: Muita da sua insônia pode ser combatida por meio dele. Em outras palavras, a honestidade é uma das coisas inegociáveis e todo empreendedor sabe disso.
Quando passei a ter contato com Lucas, fiquei horas explicando sobre a importância de ter um CNPJ. Ao mesmo tempo, mostrei para ele quatro benefícios incluídos na formalização, são eles:
- Redução de impostos: Todo autônomo paga o IRPF (Imposto de Renda sobre Pessoas Físicas), a renda de Lucas exigia que ele pagasse 27,5%. Com o simples nacional, essa porcentagem seria reduzida para 6%.
- Contribuição para o INSS: Lucas era uma pessoa que esquecia de pagar o INSS. Ao ter CNPJ, isso seria obrigatório, pois existiria uma Guia de Previdência Social (GPS) para ser paga.
- Possibilidade de crescimento: Ter um CNPJ é fundamental para avançar no mercado e conquistar mais clientes. Um exemplo é a emissão de nota fiscal eletrônica, porque atende a maioria das empresas digitais.
- Acesso a crédito: Sem ter um CNPJ, o processo de confirmar renda pode ser mais complexo. Além disso, não dá para contratar linhas de crédito para capital de giro e ampliação do negócio, por isso é bom regularizar.
Quando expliquei esses pontos a Lucas, vi no olho dele um brilho que ainda não tinha visto.
Quais as dificuldades encontradas para a regularização?
Quando passamos a conversar por mais tempo, vi que a situação dele era muito parecida com a de muitos outros. Ou seja, é bastante comum que existam sempre as mesmas queixas em relação a regularização de um negócio digital.
Na grande maioria dos casos, pude perceber que cinco queixas são bem comuns. Desse modo, dentro de cada uma delas precisei explicar que o serviço que presto poderia facilmente resolver uma por uma, abaixo confira os casos.
Alguns contadores não entendem do mercado digital
O fenômeno dos negócios digitais ainda é relativamente novo no Brasil e por isso faltam profissionais capacitados. Lucas, por exemplo, me perguntou sobre esse assunto e fui obrigado a concordar, porque contra fatos não há argumentos.
Durante a conversa, que durou horas, mostrei que eu estava capacitado e poderia ajudá-lo. Afinal, um contador, assim como qualquer outro profissional, não pode parar no tempo, é necessário passar por atualizações.
Alto custo do serviço
Essa é outra queixa muito comum, mas não se sustenta na prática, pelo menos com o meu caso. Expliquei a Lucas que muitos outros gestores de tráfego poderiam até pagar mais, ele, entretanto, teria como gastar menos.
Eu possuo planos com valores acessíveis e que cabem no bolso de qualquer empreendedor digital. Mostrei a Lucas um pouco dos valores e vi que ele ficou surpreso, já que era um preço acessível para o negócio dele.
Não sabe qual CNAE escolher
Esse foi um dos assuntos da minha conversa com Lucas e precisei explicar que esse é um trabalho dos contadores. Ao ouvir a informação, o gestor de tráfego pôde respirar aliviado e entender que um contador de verdade facilita a vida do empreendedor.
Muita informação divergente na internet
A internet é uma ferramenta maravilhosa, mas é operada por várias pessoas e contém inúmeras informações conflitantes. Por isso mesmo, o mais indicado é confiar no contador e ter uma relação mútua, como a minha e de Lucas.
Alta carga tributária
O Brasil possui uma carga tributária um tanto elevada, mas para empresas que optam pelo Simples Nacional, os valores são menores. Por exemplo: Lucas pagaria 27,5% de IR, ao escolher ter CNPJ isso cai para 6%.
A categoria dele, assim como de muitos outros produtores digitais e coprodutores, bem como afiliados, é a prestação de serviços. Essa porcentagem de 6%, contudo, é inerente a negócios que possuam receita bruta em 12 meses de até R$ 180 mil.
Por que a decisão de regularizar o seu negócio é inadiável?
O nicho de mercado dos gestores de tráfego ainda possui muitos empreendedores que não regularizam o negócio e não possuem CNPJ. Assim, precisei explicar para Lucas que nem sempre a “voz do povo é a voz de Deus”.
Quando mostrei para ele que todo empreendedor de verdade deve ter CNPJ, passei a fazer um trabalho de não adiar mais a decisão dele. Nesse cenário, tive que explicar para ele três pontos importantes, vou compartilhar com você.
Não existe solução simples para problemas difícil
Embora vários produtores digitais e coprodutos gostem de ir ao Sebrae, nem sempre esse será um caminho para a formalização do negócio. Portanto, trata-se de uma medida que não auxilia a ter um CNPJ, o foco do Sebrae é outro.
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas irá te indicar a realizar a formalização do negócio. Todavia, o Sebrae não indica contadores e nem te passa uma lista com os especializados em negócios digitais.
Outra alternativa que muitos gestores de tráfego possuem é de buscar um contador guiando-se pelo preço. Essa medida pode até fazer sentido quando o orçamento é apertado, porém nem sempre é o caminho mais interessante.
Para solucionar tal problema, é necessário que o contador não seja qualquer um e sim que tenha especialidade em negócios digitais. O funcionamento de um negócio desse formato é diferente e por isso alguns profissionais não dominam.
Lucas, por exemplo, tinha o hábito de ver vídeos no YouTube e sempre via as dicas, mas tinha medo de buscar um profissional e achava que o valor era alto. Além disso, havia o hábito de perguntar em grupos de Marketing no Facebook.
Todas essas medidas levam a uma demora para regularizar o negócio, mas é necessário superar uma por uma. Nesse sentido, uma das propostas do meu texto é mostrar que o caminho é buscar um contador especializado nisso.
O medo não pode vencer
A vida de um empreendedor digital é vencer um desafio por vez, o desse momento é ter um MEI ou migrar de MEI para ME. Situações comuns podem acontecer e os medos fazem parte do processo, não é mesmo!?
Um exemplo é achar que a regularização será uma furada e pensar que a cobrança de impostos pode ser alta. Em uma conversa que tive com Lucas, lembre-se dele me dizer que iria perder dinheiro formalizando o negócio.
O gestor de tráfego me disse que seria melhor o registro como MEI, pois não seria preciso pagar um contador. Entretanto, mostrei que o Microempreendedor Individual só pode ter faturamento de até de R$ 6.750,00 por mês.
Certamente ele faturava mais do que isso, já que segundo a lei vigente o faturamento não pode exceder R$ 81 mil por ano. Em seguida, argumentei que a polícia podia bater na porta dele um dia e complicar a vida da família dele.
O não pagamento de imposto, se pego pelo fisco, pode fazê-lo pagar um montante elevado no futuro. Sem contar que o faria perder clientes e até fazê-lo ficar com a imagem ruim perante a sua família.
O melhor caminho é começar do jeito certo, ou seja, com a formalização, mas como não foi possível para ele, a mudança ainda estava em tempo. Não fazia sentido seguir sem formalizar ou regularizar como MEI com as receitas que tinha.
Para crença comum uma explicação racional
Com as explicações que eu dei, mostrei a ele que os contadores não são caros e me usei como exemplo. Além disso, expliquei que ele não precisa ter um endereço comercial e nem um escritório, dá para trabalhar da própria casa.
Lucas ainda tinha dúvida sobre o PIX, expliquei que a formalização também engloba um CNPJ e isso possibilita receber PIX. Logo após, investi em uma explicação sobre o caminho que todo sonegador de imposto tem: as multas.
Mais ou menos dia, independentemente do que aconteça, o “Leão” detecta quem sonega impostos e pune. Isso prova que vale a pena empreendedor no Brasil, porque ele é o maior exemplo de sucesso e o faturamento prova isso.
Os impostos são parte das regras do jogo, para jogar é necessário segui-las, fazendo um trocadilho com futebol, caso contrário o VAR detecta e te pune. Por mais que pareça fácil, nem sempre o empreendedor domina o regime tributário.
Mostrei a ele durante toda a conversa que para se concentrar em seguir sendo um dos melhores gestores de tráfego e sem qualquer problema, era melhor se concentrar no trabalho e deixar todos os assuntos da conversa comigo.
Como Lucas resolveu o seu problema?
Com os valores dos planos que tenho disponível e todos os argumentos que mostrei, Lucas tomou a melhor decisão. Simplesmente formalizou o negócio, optou por uma ME e passou a lucrar muito mais por mês.
Embora o meu trabalho não tenha ligação direta com o aumento do faturamento, porque eu cuido da contabilidade, e o cliente do seu negócio, o fato de ficar despreocupado com assuntos contábeis auxilia a concentrar-se só na gestão.
O medo de ser pego pelo fisco é superado e o empreendedor passa a ter um CNPJ, por isso se sente um empresário de verdade. No entanto, o custo é baixo e os planos são acessíveis, certamente cabem no bolso dos empreendedores.
Lucas é um exemplo claro de um empreendedor que superou as adversidades e atualmente é um empresário. Se você for um gestor de tráfego, afiliado, produtor digital ou coprodutor digital, saiba que dá para fazer o mesmo.
Por fim, evite o risco de perder tempo e atrapalhar a gestão do seu negócio, porque é nela que está o maior talento. Gestores de tráfego e empreendedores digitais: o mundo precisa dessas expertises, não percam mais tempo.
